Currículo Vitae

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Poeta evadido e obstinado

Impetuoso e desassossegado

Poeta de quase tudo demisso

– Mas acima de tudo insubmisso

dinismoura

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Da saudade


Luxemburgo, diz-me,
Por que os teus carvalhos e ulmeiros
Não dão laranjas, camélias?
Por que não ensinaste ao teu sol
A conjugar os verbos do fulgor? Diz-me.
Luxemburgo, diz-me,
Por que não finges
Que tens mar, que tens praias?
Por que não semeias
No teu céu um azul ininterrupto? Diz-me.
Luxemburgo, diz-me,
Por que o teu chão não fica agarrado
Às solas dos meus sapatos?
Por que à noite
As tuas estrelas não contam melodias?
Por que a toada e o latejar das tuas ruas
Não convocam a minha alegria?
Diz-me, Luxemburgo, diz-me.                                                 


dinismoura

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