Luxemburgo, diz-me,
Por que os teus carvalhos e ulmeiros
Não dão laranjas, camélias?
Por que não ensinaste ao teu sol
A conjugar os verbos do fulgor? Diz-me.
Luxemburgo, diz-me,
Por que não finges
Que tens mar, que tens praias?
Por que não semeias
No teu céu um azul ininterrupto? Diz-me.
Luxemburgo, diz-me,
Por que o teu chão não fica agarrado
Às solas dos meus sapatos?
Por que à noite
As tuas estrelas não contam
melodias?
Por que a toada e o latejar das
tuas ruas
Não convocam a minha alegria?
Diz-me, Luxemburgo, diz-me.
dinismoura
Sem comentários:
Enviar um comentário