quando se trata de estacões,
equinócios, solstícios
e
semelhantes questões,
neste país
de expeditas resoluções,
a
burocracia, essa cavalgadura,
intromete-se,
instala-se:
impõe a sua
ditadura.
a primavera,
este ano, por exemplo,
já perdeu a
conta aos requerimentos,
dores de
cabeça, horas de espera,
declarações e
outros documentos.
estamos em
fins de maio,
e esta temperada
e amena estação
ainda não
obteve a sua licença:
– exigem-lhe
uma certidão.
o inverno,
esse, anda há meses
à espera de
um visto:
por causa
disso, continuamos nisto:
chuva, chuva…
– inclusive frio: uma chatice.
– até quando
esta casmurrice?
o verão,
pelos vistos,
espera-o semelhante trato:
havemos de
chegar a outubro,
e este à
espera de contrato.
dinismoura
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